sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Por dentro do país das maravilhas

Olá, meus caros Homo sapiens

Estava meio em dúvida, do que trazer para vocês essa semana e eu lembrei de uma história que há muito tempo me intriga e encanta, o maior clássico de Lewis Carroll, "Alice no país das maravilhas". Seria muito estranho fazer uma resenha do livro, porque quase não há como desvendar os mistérios dessas páginas, então decidi trazer a vocês a verdadeira história por trás dessa curiosa Fábula. 

Charles Ludwidge Dogson,conhecido como Lewis Carroll, nasce na Inglaterra em 1832. Carroll vivia com seu pai, um pastor Anglicano e seus dez irmãos. Por viver em meio a tantas crianças, o autor desenvolveu facilidade em contar histórias. No final de sua adolescência ingressou na Universidade de Oxford e contrariando o pai, se tornou um grande matemático. Charles se destacou de tal forma, quando estudante, que ao final de sua graduação foi convidado para dar aula na Universidade.
O autor tinha um estranho Hobbie, gostava de fotografar crianças (em especial meninas), de 8 a 12 anos, tendo em algumas dessas fotografias, meninas nuas ou seminuas. Também trocava cartas "íntimas" com essas crianças, o que pode ser entendido por alguns como atos de "pedofilia". Apesar das suspeitas, Lewis negava que seu envolvimento com crianças era mais do que apenas admiração e amizade saudável e chegava a se sentir ofendido pela acusação, porém até hoje não se sabe ao certo a relação de Carroll com as garotas que fotografava.
Foi na época que ensinava em Oxford, que conheceu Henry Liddell (Pai de Alice), bibliotecário da Universidade. Charles se tornou amigo da família e frequentador da casa dos Liddell. Há muitas fotografias feitas por Carroll de Alice com suas irmãs, Lorina e Edith. Durante os anos os dois construíram uma amizade única, Alice se tornou a musa do autor, sua principal inspiração, onde o artista construiu um mundo inteiro em volta da pequena. 
A história original de "Alice no país das maravilhas" surgiu em 1862, quando Charles e os Liddell estavam em um passeio de barco pelo Tâmisa. Vendo as meninas entediadas decidiu contar-lhes uma história sobre uma terra mágica e louca, repleta de personagens curiosos, piadas, enigmas e com a ajuda de sua pequena musa surgiu a primeira ideia da obra.
O livro foi publicado em 1865, seguido de sua continuação "Através do espelho e o que Alice encontrou por lá" em 1872, rendendo grande número de exemplares vendidos e fama ao seu criador. A pequena Alice fez tanto sucesso que após muito tempo, com a morte de seu marido, se sustentou graças aos livros de seu adorado admirador. 
Trecho da carta
Apesar do sucesso de sua obra, Carroll odiava a fama e a falta de privacidade, quando nem mais seu pseudônimo "Lewis Carroll" privou a mídia de descobrir o verdadeiro nome do escritor "Charles Dogson". Em uma carta a sua confidente Sra. Symonds (leiloada a pouco tempo), cita seu sofrimento diante a estes abusos da imprensa.
Lewis Carroll morreu na Inglaterra, Guildford, Surrey, em 1898, onde permaneceu sepultado. 
Depois de 150 anos, as obras circulam pelo mundo todo, sendo traduzido em diversas línguas, inclusive em braile. Dezenas de adaptações cinematográficas, dramáticas, entre outras. Depois de tanto tempo, ainda vemos o eco de uma história tão inocente, fantástica e enigmática que encantou a humanidade. 

Antes de encerrar, gostaria de dar uma ótima sugestão de filme para vocês assistirem... "A menina no país das maravilhas" ou "Phoebe in wonderland", que conta a história de Phoebe Lichten, que deseja atuar na peça "Alice no país da maravilhas"de sua escola. Phoebe se vê dividida entre realidade e fantasia, enquanto tenta se encaixar no papel tão almejado de "Alice".
Eu adoro essa filme, pois mostra o contato da criança com uma história tão fantasiosa e tão profunda, que escava nossas ideias e nos leva a querer desvendar os mistérios de Alice.

Algumas imagens para vós:
Alice, Lorina, e Edith Liddell (1858)
"Mas não quero me meter com gente louca", Alice observou.

"Oh! É inevitável!", disse o Gato; "Somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca."

"Como sabe que sou louca?" perguntou Alice.

"Só pode ser", respondeu o Gato, "ou não teria vindo parar aqui".

- Trecho do livro "Alice no país das maravilhas.


Espero que tenham gostado, abraços e até a próxima...


Warm Wishes

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